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News & Events Jovens contra o aquecimento global e a favor da justiça climática
Jovens contra o aquecimento global e a favor da justiça climática
Jovens contra o aquecimento global e a favor da justiça climática
Foto: Doug Greenberg/Flickr
Foto: Doug Greenberg/Flickr

Foto: Doug Greenberg/Flickr (CC BY-NC 2.0​)

O Greenpeace Brasil lançou, em setembro, o livro do jornalista Matthew Shirts intitulado “Emergência climática: o aquecimento global, o ativismo jovem e a luta por um mundo melhor”, da coleção Tirando de Letra, da editora Claro Enigma.  Com uma linguagem didática e uma cadência fluida, a publicação pode ser lida em um fôlego. Engana-se, porém, quem acha que apenas jovens devem lê-lo, pois Shirts consegue dar um panorama científico, histórico e político do aquecimento global, tornando a leitura ideal para qualquer pessoa que queira entender mais sobre a questão. 

“Precisamos que o financiamento climático para os países menos desenvolvidos aumente, que as autoridades se comprometam a criar uma política de carbono zero, que as comunidades quilombolas e indígenas sejam preservadas, que o desmatamento, as queimadas e o garimpo ilegal cessem e que a sociedade civil esteja cada vez mais engajada com essa pauta”, ressalta a ativista climática Amanda Costa, que escreve a orelha do livro.

Apesar de explicitar o problema e demonstrar que a realidade está bem longe de ser fácil diante da emergência climática e das tragédias que já começaram a ocorrer, o autor aponta para alternativas de ações. Demonstra que a solução não deveria ser apresentada como um sacrifício, mas como uma oportunidade — conforme o Sunrise Movement, e outros ativistas jovens. “Segundo eles, enfrentar a mudança climática geraria a chance de renovar a infraestrutura do país inteiro, criar milhões de empregos e combater algumas das consequências nefastas do racismo.” 

Cada vez mais quente — Logo no início, o autor traz termos essenciais para a compreensão do aumento da temperatura média da Terra por ação humana, e menciona estudos realizados – e até negados por representantes de empresas de petróleo e gás que já sabiam da questão desde os anos 1970. Fala, ainda, sobre a criação do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), no final dos anos 1980, e sobre os acordos climáticos realizados pelos países para a redução de gases de efeito estufa. Também explicita que o Brasil já foi considerado uma potência ambiental.

O cenário não é dos melhores, mas Shirts busca trazer boas notícias, por acreditar que as novas gerações de ativistas vêm mostrando que as medidas de combate à emergência climática podem renovar as sociedades e combater o racismo e as desigualdades sociais. Cita o conselho do protagonista dos filmes Indiana Jones e Star Wars, Harrison Ford: “Parem  de votar em candidatos que não acreditam na ciência”. Sobre a crise climática, Shirts também aconselha as pessoas a buscarem saber sobre o tema a partir de fontes confiáveis e a entenderem o próprio papel em relação ao assunto. Aliás, nessa “lição de casa”, os jovens fazem melhor do que muitos adultos.

(*) Tatiane Matheus é jornalista e pesquisadora em Justiça, Equidade, Diversidade e Inclusão no Instituto ClimaInfo

Edição: Daniela Vianna

Esta matéria foi originalmente publicada em ClimaInfo.