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Nos últimos 20 anos, um número crescente de organizações não-governamentais (ONGs) diversificou as suas actividades passando da prestação de serviços para a advocacia em prol de políticas. Elas estão a receber créditos pelos seus consideráveis impactos em processos globais, desde o desenvolvimento económico até à democracia. Mas estarão tais impactos a acontecer, de facto, e se sim como é que são conseguidos?
Este relatório investiga a eficácia das estratégias e métodos das ONGs no sentido de influenciarem a reforma das políticas de terras. O relatório baseia-se num estudo de sete ONGs que promovem a reforma da terra e os direitos a ela relativos em Moçambique e no Quénia. Através de pesquisa assente na colaboração, realizada em ambos os países explorámos uma série de questões chave:
• Será que as ONGs influenciam as políticas ou os constrangimentos estruturais, institucionais e
políticos são demasiado grandes?
• Deverão as ONGs maximizar o seu próprio papel de advocacia ou centrar-se na edificação da
capacidade advocacia de grupos menos poderosos?
• Terão as ONGs competência para o trabalho de advocacia ou deverão centrar-se na inovação das
intervenções de desenvolvimento a nível comunitário – mostrar fazendo?
• Poderão as ONGs envolver-se com o governo sem comprometerem a sua independência?
• Será que os doadores facilitam ou constrangem o trabalho das ONGs?
• Será possível avaliar a eficácia do trabalho de advocacia?