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Depois do seu povo, a terra é o recurso mais importante de qualquer país. Nas zonas rurais de Moçambique, vivem 75% da população que possui as actividades agrárias como principal fonte de rendimento. A agricultura contribui com cerca 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e mantém uma posição relevante no contributo para o crescimento da economia. Além destes e de outros indicadores económicos, a produção agrária, e a alimentar em particular, é essencial para a redução da pobreza (54% da população vive em situação de pobreza absoluta) a segurança alimentar da maioria da população (que atinge 1/3 da população), para a redução da má nutrição, para o desenvolvimento físico e cognitivo dos cidadãos, com particular incidência para as mães grávidas, crianças e jovens, e para o combate às epidemias.
É um elemento fundamental para a estabilidade social e para a soberania do país. No contexto da procura global de grandes extensões de terras no mundo na perspectiva de escassez de alimentos e consequente subida de preços a longo prazo, Moçambique tornou-se no terceiro destino africano preferencial de procura de terra por estrangeiros, depois de Etiópia e Sudão.
